Dor de cotovelo que quer acabar
confesso que tentava evitar lhe encontrar.
dei um tempo da vida social da cidade, que se repete nos bares, nas turmas nas músicas, nas boates e nos beijos. não queria te ver. não queria falar a respeito do que aconteceu.
e sobre isso só quero dizer que nunca vi tanta merda em pouco tempo. e como diria a sabedoria popular, merda, quanto mais mexe mais fede. por isso só quero dizer que sinto muito por toda tristeza e dor que involuntariamente te causei.
após meses, quando te vi, não esperava tanto carinho e atenção. presente, carona pra casa. talvez preferia ser só mais uma das pessoas da sua vida... seria mais fácil.
e aquela situação me colocou em paradigma. primeiro tive vontade de corresponder a desculpa esfarrapada que você deu de que não tinha meu telefone e te ligar. mas esperei, ponderei... afinal é o que todas fazem né? correr atrás de vc...
no fundo acho que sua sisma comigo é que nunca estive a sua disposição.
mas resolvi parar de achar e te ouvir. exatamente no mesmo dia em que adimiti que te quero presente, real. quero concretizar os planos de ir pra serra do cipó com as crianças, de escutar i-doser juntas (ainda q issso não seja recomendavel), de visitar nossa melhor amiga na europa e de praticar yoga juntas.
quero você na minha realidade.
e por um lado – o racional – sei que temos tempos completamente diferentes – eu acordo as sete e vc as 11 – que estamos em momentos de vida diferentes, que nossa convivencia é dificil pois temos problemas em aceitar as diferenças.
tudo isso é lógico e óbvio de que isso não vai dar certo.
mas o sentimento de inevitabilidade é tão forte que me faz pensar que evoluir com vc e superar estas dificukldades para ser feliz é o destino. e se não for o destino eterno, como nas historias de amor, faz parte.
isso foi a parte mais difícil de admitir... encarar a razao e dizer foda-se, quero sentir, porque isso que sinto por ela é raro.
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